sexta-feira, 15 de maio de 2009

Crítica ao Objeto

A proposta de trabalho hoje foi que a turma se separasse em trios para criticar o objeto interativo de outro trio.
Meu trio foi: Lorena, Renan e Thiara.
Nós criticamos os objetos do Lucas, Sarah e Tiago.

Recapitulando: O objeto do Lucas era um cubo que mudava o som de acordo com o movimento deste. O alto falante ficava exposto possibilitando que a pessoa interferisse no som. A Sarah fez um pequeno projetor, com transparências nas faces para que as pessoas desenhassem, a luz ficava no centro do objeto e podia ser direcionada para uma das faces. O Tiago fez uma espécie de Parangolé que acionava luzes de acordo com o movimento do corpo.

De maneira geral o objeto de todos eles estava bem feito, bem acabado e sem problemas nos circuitos.
O cubo do Lucas foi bem original e tem um grande potencial. Nós achamos que a forma deveria ser explorada, talvez outra que não cúbica, assim como as texturas e cores que poderiam dar ao objeto um caráter tátil/visual em conjunto ao auditivo. Os sons eram um pouco incômodos e talvez isso tenha sido intencional, mas poderia ser um fator que fizesse as pessoas perderem o interesse de interação.
O projetor da Sarah oferecia uma boa interação com o fato de as pessoas poderem desenhar o que seria projetado, porém teve o problema de a luz usada para projetar não ser suficientemente forte para que o desenho aparecesse nitidamente, o que pode ser pelo fato de que a sala era clara. O tamanho do objeto limitava as dimensões dos desenhos e isso não parece ser o ideal, pois pode limitar também a liberdade da pessoa que o utiliza.
O objeto do Tiago era muito original e interativo, a solução encontrada para que o movimento do corpo acionasse os circuitos foi bem inteligente. O objeto era determinado dentro do seu uso (vestir), e dessa forma limitado para outras utilizações, porém sua interatividade não era previsível e por isso atingiu a virtualidade.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Inhotim

A espectativa que eu tinha em relação ao Inhotim foi superadíssima, lá é muito melhor do que eu imaginava!
A galeria que meu grupo visitou para os comentários foi a Dóris Salcedo e nela havia apenas um única obra: "Neither". E era aparentemente isso mesmo, nenhum/nada. Ao entrar na galeria a primeira coisa que eu pensei foi: "Acabou? É só isso? Uma sala retangular branca com umas grades nos cantos?", porém olhando atenciosamente o 'nada' fazia sentido.

As grades pareciam ter sido pressionadas nas paredes com acabamento ainda fresco e isso deu uma aparência muito interessante ao ambiente. As paredes são o atrativo da obra, o meio é simplesmente vazio e as grades que sobressaíam nas paredes transmitiam uma sensação de gaiola à galeria.
Após ficar muito tempo olhando para as paredes nós começamos a ter vertigens e alucinações :P, vimos linhas horizontais/verticais/diagonais, quadrados coloridos, vultos, movimentos e até mesmo (acreditem se quiser!) palavras. Nesse momento resolvemos sair para não causar danos permanentes em nossas mentes.

As outras galerias são todas muito boas, cada uma com sua própria característica. A Forty Part Motet, na galeria Praça, e a Promenade, na galeria Mata, são muito relaxantes e dignas de muito tempo dos visitantes. A Viewing Machine é muito divertida. e a galeria Adriana Varejão é por completo linda, desde a entrada ao terraço.

E complementando tudo estão os jardins. Paisagismo perfeito.

Só guardo boas lembranças e pretendo muito voltar para ver tudo com mais calma.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Arte Cibernética


O museu Inimá de Paula abriga permanentemente cerca de 100 obras do artista mineiro de mesmo nome, o qual foi um ícone importante da pintura brasileira do pós-guerra. O museu possui também um espaço para exposições temporárias e de 16 de abril a 13 de junho comporta a exposição Arte Cibernética.
A exposição possui quatorze obras, das quais oito estão no Inimá de Paula, que fundem tecnologia e arte e propõem a interação dos visitantes com diversos tipos de mídia.
As obras são:
Descendo a Escada - Regina Silveira
OP_ERA: Sonic Dimension - Daniela Kutschat e Rejane Cantone
Reflexão #3 - Raquel Kogan
Life Writer - Christa Sommerer e Laurent Mignonneau
Text Rain - Camille Utterback e Romy Achituv
Les Pissenlits - Edmond Couchot e Michel Bret
“Memória” Cristaleira - Eder Santos
Pixflow 2 - LAb[au]

As obras são todas muito interessantes e, diferente do museu Oi Futuro, as obras dessa exposição oferecem um bom nível interação com o público. As mais interativas e que mais gostei são: Text Rain e Les Pissenlits.
Text Rain é a mais legal de todas, eu podia ficar horas brincando com as letrinhas. A projeção do corpo é combinada com as letras que formam um poema sobre a linguagem e o corpo. Os tons de cinza da projeção da pessoa é interpretado como um limite para as letras. (Mais ou menos a mesma idéia do vídeo que o Cassiano mostrou.)
A Les Pissenlits me parece uma idéia simples, mas muito interessante sensitivamente. Ao soprar microfones a projeção de sementes dente-de-leão se comportam como se estivessem sendo realmente sopradas. A projeção se altera a intensidade e a duração do sopro. (Como assim essa obra é da década de 80? o.O)

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Processing²

Com um pouquinho mais de técnica:

Não tem graça a imagem :\

Código:
float x = 0.0;
float y = 0.0;
float atraso = 0.09;
void setup(){
size(500, 400);
smooth();
noStroke();
background(0);
frameRate(30);
}
void draw(){
if(mousePressed){
fill(229,0,0,25);}
else{
fill(255,255,255,25);}
float targetX = mouseX;
float targetY = mouseY;
x += (targetX - x) * atraso;
y += (targetY - y) * atraso;
ellipse(x,y,100,100);
}

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Processing

Nossa foi trabalhoso...
Como não dá pra postar Java pelo blogspot (pelo menos não to encontrado essa opção aqui) vai uma imagem mesmo:

O código é esse aqui:

void setup(){
size(240, 200);
smooth();
frameRate(30);
}
void draw(){
background(153,255,204);
fill(211, 162, 203);
noStroke();
bezier(120, 100, 60, 30, 180, 30, 120, 100);
bezier(120, 100, 190, 40, 190, 160, 120, 100);
bezier(120, 100, 60, 170, 180, 170, 120, 100);
bezier(120, 100, 50, 40, 50, 160, 120, 100);
fill(255,149,53);
noStroke();
ellipse(width/2,height/2,30,30);
fill(153,153,153,150);
noStroke();
ellipse(mouseX-2,mouseY-5,6,12);
ellipse(mouseX+2,mouseY-5,6,12);
fill(251,251,51);
ellipse(mouseX,mouseY,16,6);
stroke(0);
line(mouseX+6,mouseY+1.5,mouseX+6,mouseY-1.5);
line(mouseX+4,mouseY+2,mouseX+4,mouseY-2);
line(mouseX+2,mouseY+2.5,mouseX+2,mouseY-2.5);
line(mouseX,mouseY+3,mouseX,mouseY-3);
line(mouseX-2,mouseY+2.5,mouseX-2,mouseY-2.5);
line(mouseX-4,mouseY+2,mouseX-4,mouseY-2);
line(mouseX-6,mouseY+1.5,mouseX-6,mouseY-1.5);
}

Objeto Interativo

Ufa! Acabou.
Eu já descrevi meu objeto no post da pré-entrega e depois daquilo o que eu fiz foi acrescentar circuitos e imãs espalhados por todo pano de forma que qualquer imã que se encaixar acende um led. O circuito é esse:

Também acrescentei outro circuito semelhante ao primeiro, porém com leds coloridos e um circuito simples de um led com um hit suit (ou seria switch?).

Na apresentação do objeto ontem eu não demonstrei todas as formas que ele poderia assumir, mas eu conseguir manter tudo bem preso e por isso ele ficou muito maleável. Essas são algumas formas que eu fiz para demonstrar:

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Resenha

Vilém Flusser - "Design: Obstáculo para a remoção de obstáculos?"

O texto "Design: Obstáculo para a remoção de obstáculos?" expõe a dualidade na definição dos objetos de uso, uma vez que estes são utilizados para remover a necessidade de uso de outros objetos. Dessa forma os objetos nos obstruem por estarem sempre em nosso caminho e por necessitarmos deles para prossegui-lo.
Ao se depararem com obstáculos outras pessoas projetaram os objetos dos quais necessitamos e nos obstrue. Da mesma forma, nós, em semelhante situação, lançamos objetos na vida de outras pessoas. Para que os objetos que projetamos obstruam o caminho alheio da menos forma possível o texto coloca que devemos projetá-los com responsabilidade, o que significa considerar o aspecto comunicativo, intersubjetivo e dialógico dos objetos, pois estes funcionam como mediações entre os homens.
Flusser propõe que ao criar objetos o projeto não concentre-se apenas no objeto em si, mas também dirija-se para os outros homens, de forma que os objetos de uso funcionem menos como obstáculo e mais como forma de contato entre os homens.
Considerando os aspectos intersubjetivos que coloca o texto, o objeto de uso abre-se ara as mais diversas explorações e adapta-se à pessoa que o utiliza. Se projetarmos da forma proposta os objetos deixarão aos poucos de serem obstáculos e poderão adquirir um caráter mais amplo e duradouro.