quarta-feira, 25 de março de 2009
domingo, 22 de março de 2009
Pampulha - Casa do Baile
A Casa do Baile, mesmo depois de 65 anos de construção ainda é um ícone da arquitetura e integra o complexo arquitetônico da Pampulha.
“Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein.” (Oscar Niemeyer.)
A Casa do Baile traduz o ideal de Niemeyer já que integra curvas e círculos
quase que num ballet de sensações transmitidas pela fachada e pela ponte de 12 metros que liga a ilha artificial sobre a lagoa à orla.
Mapa - Casa/EA
A fusão do meu mapa (sem escala e sem noção nenhuma de direção) com o mapa retirado do Google Maps e alguns, ou muitos, retoques no Photoshop resultou nisso aí:
Reparem que o ponto B (que está escondido atrás da Praça da Estação) e a Escola de Arquitetura no meu mapa estão um pouquinho distantes :P
Reparem que o ponto B (que está escondido atrás da Praça da Estação) e a Escola de Arquitetura no meu mapa estão um pouquinho distantes :P
domingo, 8 de março de 2009
Estratégias do caminhar
Depois de drops, desenhar mapas e caminhar sem rumo pela escola dando de cara com as paredes nos foi exposto as estratégias do caminhar. Aprofundando nesse assunto, devemos fazer uma pesquisa sobre três tipos específicos desta: a deriva, a flanerie e o recente parkour.
Pois bem.
Deriva: A Internacional Situacionista (IS), grupo que surgiu em Paris na década de 50 liderado por Guy Debord, questionava os padrões sociais, culturais e políticos da sociedade de sua época e propunham a análise do espaço urbano através de seu caráter afetivo e emocional. Os situacionistas criaram práticas como a "deriva", a "psicogeografia" e o "desvio", nas quais defendem as perambulações ao acaso pela cidade e estimulam as reinterpretações do espaço a partir da experiência vivida.
A deriva se apresenta como uma “técnica de passagem rápida por ambiências variadas” e se opõe aos métodos tradicionais de viajar e passear. Esta se relaciona aos efeitos de natureza psicogeográfica e rejeita os propósitos de deslocamento tradicionais, baseando- se nas solicitações do terreno e das pessoas que nele se encontram, e no andar sem rumo do pedestre que dessa forma se apropria do espaço urbano.
Através da prática da deriva mapeava-se os “diversos comportamentos afetivos diante dessa ação básica do caminhar na cidade”.
Flanerie: Segundo nosso queridíssimo João do Rio a flanerie se define:
“Flanar é ser vagabundo e refletir, é ser basbaque e comentar, ter o vírus da observação ligado ao da vadiagem. Flanar é ir por aí, de manhã, de dia, à noite, meter-se nas rodas da populaça [...]. É vagabundagem? Talvez. Flanar é a distinção de perambular com inteligência. Nada como o inútil para ser artístico. Daí o desocupado flâneur ter sempre na mente dez mil coisas necessárias, imprescindíveis, que podem ficar eternamente adiadas”
RIO, João do. A alma encantadora das ruas.
A figura do flâneur pode ser considerada produto da emergente modernidade urbana do século XIX e se define, de acordo com Walter Benjamin, como o “homem das multidões”, que contraria o regime do trabalho do então capitalismo de produção e vai em busca de emoções fáceis e fugazes oferecidas pela cidade grande.
De acordo com Benjamin o flâneur é incorporado pelo poeta Charles Baudelaire cujo “sentimento de desgosto em relação à face meramente capitalista da modernidade traduz-se pelo tédio melancólico”.
Parkour: O parkour é a arte de movimentar-se na qual seu corpo e mente são treinados para superar obstáculos. Criado em Paris na década de 80 por David Belle, o parkour inspirou-se nas técnicas de salvamento realizadas por bombeiros e de fuga criadas na guerra do Vietnã. Através do parkour se dá a interação com obstáculos, desde a arquitetura urbana ao ambiente natural.
O parkour se tornou mundialmente conhecido através de filmes com praticantes deste. A popularização dessa prática aumentou quando, em 2001, a rede de televisão BBC exibiu este comercial do programa Rush Hour, em que Belle vai do trabalho a sua casa saltando sobre prédios para chegar a tempo do programa:
Pois bem.
Deriva: A Internacional Situacionista (IS), grupo que surgiu em Paris na década de 50 liderado por Guy Debord, questionava os padrões sociais, culturais e políticos da sociedade de sua época e propunham a análise do espaço urbano através de seu caráter afetivo e emocional. Os situacionistas criaram práticas como a "deriva", a "psicogeografia" e o "desvio", nas quais defendem as perambulações ao acaso pela cidade e estimulam as reinterpretações do espaço a partir da experiência vivida.
A deriva se apresenta como uma “técnica de passagem rápida por ambiências variadas” e se opõe aos métodos tradicionais de viajar e passear. Esta se relaciona aos efeitos de natureza psicogeográfica e rejeita os propósitos de deslocamento tradicionais, baseando- se nas solicitações do terreno e das pessoas que nele se encontram, e no andar sem rumo do pedestre que dessa forma se apropria do espaço urbano.
Através da prática da deriva mapeava-se os “diversos comportamentos afetivos diante dessa ação básica do caminhar na cidade”.
Flanerie: Segundo nosso queridíssimo João do Rio a flanerie se define:
“Flanar é ser vagabundo e refletir, é ser basbaque e comentar, ter o vírus da observação ligado ao da vadiagem. Flanar é ir por aí, de manhã, de dia, à noite, meter-se nas rodas da populaça [...]. É vagabundagem? Talvez. Flanar é a distinção de perambular com inteligência. Nada como o inútil para ser artístico. Daí o desocupado flâneur ter sempre na mente dez mil coisas necessárias, imprescindíveis, que podem ficar eternamente adiadas”
RIO, João do. A alma encantadora das ruas.
A figura do flâneur pode ser considerada produto da emergente modernidade urbana do século XIX e se define, de acordo com Walter Benjamin, como o “homem das multidões”, que contraria o regime do trabalho do então capitalismo de produção e vai em busca de emoções fáceis e fugazes oferecidas pela cidade grande.
De acordo com Benjamin o flâneur é incorporado pelo poeta Charles Baudelaire cujo “sentimento de desgosto em relação à face meramente capitalista da modernidade traduz-se pelo tédio melancólico”.
Parkour: O parkour é a arte de movimentar-se na qual seu corpo e mente são treinados para superar obstáculos. Criado em Paris na década de 80 por David Belle, o parkour inspirou-se nas técnicas de salvamento realizadas por bombeiros e de fuga criadas na guerra do Vietnã. Através do parkour se dá a interação com obstáculos, desde a arquitetura urbana ao ambiente natural.
O parkour se tornou mundialmente conhecido através de filmes com praticantes deste. A popularização dessa prática aumentou quando, em 2001, a rede de televisão BBC exibiu este comercial do programa Rush Hour, em que Belle vai do trabalho a sua casa saltando sobre prédios para chegar a tempo do programa:
Referências:
http://books.google.com.br/books?q=apologia+da+deriva
http://biblioteca.universia.net/html_bura/ficha/params/id/17018768.html
http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=3654
http://www.filologia.org.br/soletras/5e6/04.htm
Resenha sobre a obra “A alma encantadora das ruas” de João do Rio, por Luciana Callado
http://www.americanparkour.com/content/view/221/325/
http://www.parkournobrasil.com.br/historia.htm
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